Fotos: Arquivo Pessoal
O engenheiro agrônomo e professor aposentado Eugenio José Leviski, 79 anos, formou-se na primeira turma de Agronomia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Logo que saiu da academia, começou a exercer a docência na UFSM e, por 30 anos, foi professor titular da universidade. Nascido e criado em Horizontina, no noroeste do Rio Grande do Sul, Leviski se mudou para o Coração do Rio Grande para estudar.
Foi na cidade da Região Central que ele conheceu a amada, Neuza Pithan Leviski, 78 anos. Ela cursava Farmácia na UFSM, e os dois se apaixonaram à primeira vista. Eles permaneceram casados por 26 anos e,mesmo após a separação, nunca deixaram de conviver.
- Eles almoçavam juntos, viajavam juntos... Eram muito companheiros um do outro e grandes amigos também. Meus pais foram exemplo para todos nós - conta a filha, Lenize Leviski, 53 anos.
O casal teve outros dois filhos: Eugênio, 52, e Leandro, 50. Leviski também tinha nove netos e três bisnetos. Em Santa Maria, o professor morou a maior parte do tempo no Bairro Nossa Senhora do Rosário, onde permaneceu até a aposentadoria. A partir de 1994, passou a morar ao lado da filha. Sempre disposto e criativo, Leviski não ficava parado.
- Ele adorava pegar o carro e viajar sem rumo. Queria conhecer o mundo. No verão, íamos para os balneários da região com a família reunida. O pai também nos transmitiu o hábito da leitura e o gosto por buscar informações - recorda Lenize.
Outra herança de Leviski é a paixão pelo tricolor gaúcho. Os filhos, netos e bisnetos são gremistas por influência dele.
Acampar, desfrutar da vida no campo e curtir a natureza eram fontes de renovação para o professor. A neta Juliane Leviski, 36 anos, jamais vai esquecer dos ensinamentos e do jeito simples e sábio com os quais o avô conduzia a vida.
- O vô nos deixou o legado de humildade e sabedoria. Foi meu mentor e confidente. Era carinhoso e fazia de um encontro para comer pizza, uma festa. Para ele, o importante era estar com a família reunida - recorda Juliane.
Entre os ensinamentos do patriarca, estava a importância de valorizar a educação. Ele costumava enfatizar, com muita frequência, que as despesas com os estudos não eram gastos e, sim, investimentos, recorda Juliane.
- Meu avô era minha base. Tudo que conquistei foi decorrência dos conselhos dele. Não tinha tempo ruim para o seu Leviski. Só saí da casa dele aos 19 anos. Ele me apoiava em todas as decisões. Lembrarei para sempre dos óculos antigos e do boné , marcas registradas dele - diz o neto José Henrique Leviski Pires, 24 anos.
Outra grande característica de Leviski era a perseverança. Segundo a família, ele não desistia do que almejava e lutava pelos sonhos. Por muitos anos, exerceu diferentes trabalhos voluntários.
Entre as coisas bonitas às quais se dedicava e que deixou para a família, está o jardim. Pedrinhas de rio, fontes, entre outros inúmeros enfeites eram detalhes dos quais ele cuidava muito bem na área especial da casa.
Leviski sentiu-se mal e precisou de atendimento no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm). Ele recebeu alta e acabou falecendo em decorrência de causas naturais, em casa, cercado dos familiares, na madrugada de 21 de setembro. Ele foi sepultado no mesmo dia, no Cemitério Santa Rita, em Santa Maria.
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Jorge Damião Lopes de Carvalho, aos 55 anos, foi sepultado no Cemitério Ecumênico Municipal, em Santa Maria
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23/09
Lourdes Magrini Toniolo, aos 83 anos, foi sepultada no Cemitério de Santa Flora, distrito de Santa Maria
As informações sobre falecimentos podem ser enviadas para natalia.zuliani@diariosm.com.br ou pelo telefone (55) 3213-7122
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